segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Efemérides 13 de Outubro

Karl Adolph Gjellerup



PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1917

Poeta e romancista dinamarquês, de nome completo Karl Adolph Gjellerup, nasceu a 2 de junho de 1857, em Praestö, e faleceu a 13 de outubro de 1919, em Koltzscher. Estudou na Escola de Gramática de Haerslevs em 1874. Logo após os estudos escreveu a tragédia
 Scipious Africanus e o drama Arminius. Em 1878 licenciou-se em Teologia pela Universidade de Copenhaga. Mas sob a influência do darwinismo, e de outros autores, começou a sentir-se atraído pelo ateísmo. Evoluiu do ateísmo para uma religiosidade de tendência budista e interessou-se também por outras religiões orientais. Este período da sua produção literária é representado por dois livros:Minna (1889) e Pilgrimen Kamanita (Kamanita, o Peregrino, 1906). Møllen (1896, O Moinho), considerado a sua obra-prima, é uma história de crime e paixão, inspirada em Emile Zola. 
Partilhou com Henrik Pontoppidan o Prémio Nobel da Literatura em 1917.
 

Manuel Bandeira


Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 1922 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Clarice Lispector e Joaquim Nabuco, entre outros, representa o melhor da produção literária do estado de Pernambuco.


Madrigal Melancólico

O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.

A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.

O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.

O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.


Sinopse
Esta Antologia, datada de 2 de Julho de 1961, foi a sétima e última organizada pelo autor. 
Manuel Bandeira nasceu no Recife, Pernambuco, a 19 de Abril de 1886. Fez o ensino primário no Recife e o secundário no Rio de Janeiro. Como desejava ser arquitecto, frequentou o primeiro ano da Escola Politécnica de São Paulo, ao mesmo tempo que estudava desenho e pintura à noite. Em 1904, atingido pela tuberculose, foi obrigado a abandonar os estudos.
Sob influência de Apollinaire e Charles Cros escreveu os seus primeiros versos livres em 1912. Em 1913 foi para o sanatório de Clavadel, na Suíça, onde conheceu Paul Éluard e Gala. Voltou ao Brasil em 1914 devido à eclosão da I Guerra Mundial. Lê Goethe e Heine no original.
 
Em 1917 publica
 A Cinza das Horas, em edição de autor. Perde a mãe em 1916 e a irmã, que era sua enfermeira, em 1918. Em 1919 publica Carnaval. O ano seguinte é o da morte do seu pai. Em 1921 conhece Mário de Andrade. Está ausente da Semana de Arte Moderna (1922) onde, no entanto, é lido um poema seu. A partir de 1924 colabora no "Mês Modernista", secção de trabalhos modernistas publicada no jornal A Noite. Em 1924 escreve O Ritmo Dissoluto, em 1930, A Libertinagem e em 1936 A Estrela da Manhã. 
A sua obra poética será reunida em
 Estrela da Vida Inteira, publicado em Abril de 1966, por ocasião do seu octogésimo aniversário. É nesse ano que compra uma casa em Teresópolis, a única que possuiu em toda a vida. 
Manuel Bandeira é considerado o grande percursor e impulsionador do Movimento Modernista brasileiro, iniciado em 1922. Além de uma vasta obra poética, deixou livros de crónicas (Os Reis Vagabundos
 eMais 50 Crónicas e Andorinha, Andorinha), memórias, narrativas, numerosas traduções do espanhol, do francês e do alemão, um compêndio de Histórias das Literaturas e outro das Literaturas Hispano-Americanas, antologias da poesia brasileira e estudos sobre Gonçalves Dias, Antero de Quental e outros poetas. 
Manuel Bandeira morreu a 13 de Outubro de 1968, no Rio de Janeiro.

Efemérides/13 de outubro


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