Bruno Franco é um escritor português de ficção policial, nascido em Setembro de 1990.
Licenciado em Radioterapia, trabalha atualmente no serviço de Radioterapia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa. Pertence, desde 2002, a uma equipa de natação de competição, que faz parte do Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro.
O Novo Membro o primeiro livro do autor.
Para mais informações, por favor consultar
http://brunomiguelfranco.blogspot.pt/
O Marcas de Leitura esteve à conversa com Bruno Franco autor de Contagem Decrescente.
Obrigada pelas simpáticas e gentis palavras com que nos brindou e pelo tempo que nos dispensou.
1)
Como começou sua paixão pelos livros?
É engraçado pensar que até aos meus 13 anos
odiava ler. Provavelmente porque nunca me tinha passado pelas mãos um livro que
realmente me puxasse para o mundo literário. Tal aconteceu por coincidência no
início do oitavo ano de escolaridade, e foi amor à primeira vista. Desde então
que estou sempre a ler um livro, principalmente nos transportes públicos, à
noite em casa e até a andar na rua (mas só quando estou quase a terminar um
capítulo importante!). Foi das melhores descobertas que fiz na vida.
O gosto pela escrita surgiu um ano depois de ter
começado a ler avidamente. As composições nos testes de Português começaram a
ser a parte mais interessante do teste e, quando dei por ela, numa fase difícil
da minha vida, vi que escrever era um escape e uma forma de canalizar as energias
para algo produtivo e que me dava prazer.
Creio que em Portugal apenas um punhado de
escritores poderá afirmar que faz da escrita a sua profissão. No meu caso sou
Técnico de Radioterapia, profissão que me ocupa a maioria do meu tempo. A
escrita é uma paixão, e do ponto de vista profissional seria considerado um
part-time.
A imaginação é algo que jorra da minha mente como
a água de uma fonte, e é estimulada por todos os livros, séries e filmes que
vejo, bem como por situações da vida real. Felizmente sempre tive imensa
imaginação, primeira razão que me levou a começar a escrever. Os personagens
surgem consoante as necessidades da narrativa e o que pretendo com cada um
deles.
Dos dois que foram publicados, claramente que o
meu personagem favorito é o principal de ambos os livros, o detective Rodrigo
Tavares. Creio ser um personagem diferente do normal, sendo de raça negra e com
um passado terrível muito particular. É um personagem complexo porque o seu
passado moldou-o imenso, e apesar de respeitar a lei que jurou defender, também
ele tem os seus problemas e desvios de percurso. O importante é nunca perder o
norte, algo que ele raramente faz.
O mais marcante foi o mundialmente famoso “O
Código Da Vinci”, do Dan Brown. Foi este livro que me abriu a porta do mundo
dos Policiais, e que me fez apaixonar por esta vertente literária ao ponto de
escrever romances policiais e de 80% dos livros que leio serem dessa categoria.
Mudou completamente a minha vida, porque nunca pensei que pudessem existir
livros tão estimulantes, intrigantes e viciantes.
7) Já alguma vez se deparou com alguém a ler um livro escrito por si? Se sim, como se sentiu?
Uma vez uma amiga minha disse-me que tinha visto duas pessoas no autocarro a ler o meu livro. Fiquei embasbacado e imensamente feliz. Há umas semanas fui à Livraria Escriba, em Almada, e o único exemplar que lá estava do “Contagem Decrescente” encontrava-se reservado para uma pessoa. Nunca vi alguém ler o meu livro, mas estes momentos são sempre excelentes.
8) Qual a sensação, ao deslocar-se a uma superfície comercial, e ver os
seus livros à venda?
É fantástico! Há pouco tempo vi que o “Contagem Decrescente” estava na montra da Livraria Escriba e o orgulho foi enorme. Só tenho pena de não estar à venda em muitos mais locais que possa visitar. Mas tenho sempre esperança que possa mudar num futuro próximo.
9) Quando está a escrever um livro partilha a história com alguém para
se aconselhar?
Durante o processo de escrita não é meu costume
partilhar seja o que for. Tento escrever o livro no máximo de secretismo
possível. Apenas quando o termino é que o dou a ler à minha revisora para a
primeira revisão do livro, e posteriormente a outras pessoas para segundas
revisões e para ter mais pontos de vista e opiniões.
10) Qual o seu autor preferido?
Se tivesse mesmo que escolher só um, diria Donato
Carrisi. Os livros dele são escritos com uma mestria extraordinária e que me
deixam sempre empolgadíssimo e completamente vidrado na história. Se
conseguisse escrever um livro com metade da qualidade de “Sopro do Mal” ou “A
Hipótese do Mal”, já seria uma vitória. No entanto, não posso deixar de referir
outros grandes escritores que admiro imenso, quase tanto como o que referi. Tess Gerritsen,
Dan Brown, Daniel Silva, J. K. Rowling e Jeff Abbott. São todos escritores brilhantes e é um privilégio ler os seus livros.
11) Segue o género literário do seu autor preferido, ou adopta outro?
Todos os escritores que referi escrevem
policiais, portanto sim, sigo o género literário de todos eles.
12) Quer deixar alguma mensagem especial aos seguidores do blog Marcas de
Leitura?
A grande mensagem que posso transmitir aos seguidores do
Marcas de Leitura é simples: leiam. Leiam muito. Leiam um pouco de tudo. Mesmo
eu, que dou primazia aos Policiais, também leio com alguma frequência livros de
outros géneros literários, e tenho sempre óptimas experiências. Leiam, e sigam
blogues literários como o Marcas de Leitura que tanto e tão bem fazem a
promoção de autores portugueses e que ajudam os leitores a decidir por este ou
por aquele livro para ler, bem como a descobrir livros que podem mudar uma
vida.
Para já fico-me por aqui e agradeço desde já a sua disponibilidade e
simpatia, foi um prazer.
Muito obrigada Bruno desejo-lhe
os maiores sucessos!
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