segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Um Avião Sem Ela (a minha opinião)

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 432
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722528368
Dimensões: 150 x 235 x 34 mm
Encadernação: Capa mole


Sinopse

1980. Na sequência de um trágico acidente de avião nas montanhas, as equipas de salvamento encontram apenas um sobrevivente: um bebé de três meses. Mas iam dois bebés de três meses no avião, duas meninas, ambas louras, de olhos azuis. Qual delas é a sobrevivente? 
As duas famílias, de meios completamente distintos, disputam violentamente a custódia da menina e cabe a um juiz determinar se ela é Emilie ou Lyse-Rose. Para que se declare uma das meninas viva, a outra tem de ser declarada morta. Numa época anterior aos testes de ADN, ninguém sabe se a decisão tomada está correta. 
Dezoito anos mais tarde, um detetive privado alega ter chegado ao fundo da questão, mas depois é assassinado. Toda a sua pesquisa está registada num caderno que deixa. Um Avião sem Ela é a história de uma investigação para descobrir a verdadeira identidade do bebé sobrevivente e o efeito que esta história trágica teve nos membros da família que continuam a disputá-lo.

A minha opinião

Uma história trágica, numa leitura compulsiva, fluida, e eficaz. Um livro que nos aprisiona pela sua espontaneidade e forma da escrita.
Tudo começa com um trágico acidente de aviação na madrugada do dia 23 de Dezembro de 1980, por cima do monte Terrível, fronteira franco-suíça. Só se salvou uma bebé de 3 meses loura de olhos azuis, mas no avião iam duas bebés semelhantes.
Quem seria a bebé que se salvou, Lyse-Rose de Carville ou Emilie Vitral?
Duas famílias de classes sociais completamente opostas, vão-se enfrentar em tribunal pela custódia da menina. Ninguém quer perder, por isso vão jogar com trunfos e vantagens.
O acidente foi derivado à tempestade de neve ou teria sido um "terrível atentado"?  

“Despenhamento dramático do Airbus 5403 Istambul-Paris, na encosta do
monte Terrível, fronteira franco-suíça, na noite de 22 para 23 de dezembro de
1980. Cento e sessenta e oito dos cento e sessenta e nove passageiros e membros
da tripulação morreram em consequência do choque ou do incêndio que se seguiu.
A única sobrevivente foi uma bebé de três meses, projetada no momento da colisão, antes de a explosão deflagrar.”

Toda a história é-nos narrada pelo diário de Crédule Grand-Duc detective particular contratado por Mathilde de Carville para desvendar aquele enigma.
Levou dezoito anos a escrevê-lo na tentativa de descobrir quem era aquela bebé. Mas, de repente fez-se luz, a solução estava na sua frente, na primeira página daquele jornal que esteve sempre ali, dezoito anos a apanhar pó.
Conseguira!

Quantas mais páginas lia, mais me vinha à memória a Justiça do Rei Salomão, onde duas mulheres lutavam pela guarda de um bebé com a diferença de três dias. Uma das crianças tinha nascido morta. E não é que estas duas meninas que iam no avião também tinham diferença de três dias!

Adorei toda a trama que esteve envolta de Lylie, as personagens desde Marc a Malvina, e todas elas estavam envoltas em segredos, assassinatos e mistérios.
Um livro perturbador, carregado de suspense e emocionante.
Como lidaríamos nós com uma situação idêntica, sem sabermos ao certo quem éramos?
Porque é que o juiz não confiou no depoimento de uma menina de seis anos?
Estaria Malvina a ficar louca?
Conseguiria Marc lutar contra o tempo
Recomendo este livro que nos toca ao coração. Dei por mim a não conseguir parar, e a ler de seguida 200 páginas.
Não conhecia o autor Michel Bussi, mas é um autor a seguir. Sabe o que está a escrever e o enredo em volta dos personagens é excelente. Um livro que daria um fantástico filme. Comparo este escritor a outra excelente escritora Gillian Flyn.

Michel Bussi


Michel Bussi nasceu em 1965 e é professor de Geografia na Universidade de Rouen. É autor de sete policiais publicados em mais de vinte línguas e vencedor de vários prémios literários.












2 comentários:

  1. Olá Manuela,
    Por acaso nunca tinha ouvido falar deste livro, mas fiquei cheia de vontade para o ler! Parece ser mesmo do meu género :)

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