segunda-feira, 25 de maio de 2015

À Conversa com Cristina Das Neves Aleixo autora de Joaninha e o Jardim Encantado

Cristina Das Neves Aleixo,  exerceu as profissões de escrituraria, recepcionista, tradutora, secretária, assistente de direcção; chefiou departamentos empresariais: importação, recursos humanos e financeiro; brincou com a locução de rádio e aos modelos fotográficos e publicitários; foi empresária. Durante quase 30 anos fez do mundo empresarial privado a sua casa, enquanto, secretamente e desde a adolescência, se realizava verdadeiramente com a escrita. O seu 1º livro publicado - "Joaninha e o jardim encantado" -, estava escrito há vários anos e guardado em segredo. Com a idade veio a maturidade e a tomada de consciência de que a sua felicidade e sentido de realização, estavam na escrita e em partilhá-la com os outros; só assim era realmente feliz e se sentia completa. Diz que para si "escrever é como respirar: é uma necessidade".

Diz que vive para e de palavras, por isso "escreve umas coisas desde que é gente de jeito". Diz que "talvez sejam os genes": é prima de António Aleixo.

Estivemos à conversa com Cristina Das Neves Aleixo de uma simpatia extrema.
Obrigada pelas simpáticas e gentis palavras com que nos brindou e pelo tempo que nos dispensou.


1) Cristina fale-nos um pouco sobre si?
Tive uma vida muito preenchida e intensa em termos laborais. Construí, a pulso, uma carreira profissional da qual me orgulho bastante - comecei de baixo e atingi o topo -, mas apesar de me ter saído muito bem, não me preenchia totalmente, faltava qualquer coisa, não era nada daquilo que eu me via a fazer para o resto dos meus dias.

2) Quando começou sua paixão pelos livros e o gosto pela escrita?
Começou muito cedo. Acho que a paixão pelas letras já nasceu comigo. Lembro-me de ser muito pequena, ainda mal sabia ler, e já me deixava encantar, sozinha, pelos livros e as suas ilustrações. Refugiava-me num cantinho qualquer para desfrutar do que via e sentia-me em paz, perdida nas aventuras que se desenrolavam na minha mente. A escrita também teve o seu inicio cedo, no principio da adolescência, e nunca mais parei.

3) “Joaninha e o Jardim Encantado” é um livro para crianças, vê-se só a escrever género infantil/juvenil, ou também quer abarcar outros estilos?
Quero abarcar outros estilos, aliás, estou já a fazê-lo. Sempre escrevi em vários estilos e para vários públicos, apesar de escrever e guardar - até agora. O estilo infantil/juvenil, nomeadamente a Joaninha em várias aventuras, até poderá ter continuação, tudo depende do público.

4) Quando terminou de escrever o livro, qual o sentimento?
Tive a sensação de missão cumprida. Esta era uma estória que eu tinha mesmo que escrever - por várias razões.

5) Qual a sensação ao editar o livro pela Capital Books?
Foi a realização do sonho de uma vida. Além de dar a conhecer ao mundo o que escrevia, ter publicado este livro como inicio de carreira foi muito importante para mim. Ter editado através da Capital Books foi outro sonho concretizado, pois sempre me imaginei a editar livros com uma editora que entendesse tão bem os seus autores como eles o fazem, e em que fossemos todos uma outra família, o que de facto acontece. Os meus agradecimentos para eles, que acreditaram em mim. Estou, portanto, extremamente feliz.

6) Qual o seu autor e livro favorito, segue o seu género literário?
Tenho vários autores favoritos, e livros também - os meus gostos literários são muito eclécticos: dos portugueses destaco Fernando Pessoa, Gil Vicente, Miguel Sousa Tavares, Mário Zambujal, Florbela Espanca, José Saramago, Pedro Chagas Freitas, etc - podíamos continuar. Dos estrangeiros, a lista é quase interminável mas destaco: Agatha Christie, Dan Brown, Tolstoi, Sir Arthur Conan Doyle, Juan Eslava Galan, Óscar Wilde, William Faulkner, Enid Blyton, Mark Twain, Jane Austen, Hans Christian Andersen, etc.

7) Já se deparou com algumas crianças a ler o seu livro? Se sim, qual a sensação?
Sim, várias, e a sensação é a de uma alegria imensa; quando isso acontece sinto que a minha missão está mesmo cumprida, pois gostaria que este livro fosse lido por todas as crianças, por achar que os valores que transmite são extremamente importantes para qualquer pequenote interiorizar. Mas a sensação é a mesma quando me deparo com adultos a lê-lo, pois é uma estória escrita para alcançar os mais pequenos, mas que muitos adultos deveriam ler.

8) Já recebeu alguma opinião acerca do livro?
Várias, felizmente, e devo dizer que têm sido todas similares: que adoraram a estória e o que transmite; que não é um conto oco, tem sentido e propósito.

9) Como vê o momento actual da Literatura em Portugal?
Vejo muito bem. Apesar de toda esta crise - de que agora parece que está na moda falar -, creio que os portugueses estão a ler mais e mais cedo. Constato que é cada vez mais frequente oferecer livros como prenda de aniversário ou Natal, quer a crianças quer a adultos, o que me deixa muito feliz. Através da leitura aprende-se muito, até sobre o que se esconde nos recônditos dos nossos seres, mantém a nossa capacidade de sonhar viva, estimula a nossa acção, actua como antidepressivo e ansiolítico... são tantas as vantagens.

10) Como vê a divulgação dos bloggers literários?
Muito bem. Creio que os bloggers literários fazem um trabalho precioso também na divulgação dos autores e das suas obras; são, na minha opinião, fundamentais. Bem hajam.

11) Quer deixar alguma mensagem especial aos seguidores do blog Marcas de Leitura?

Que continuem a ler - é das poucas coisas que não tem desvantagens. E que incluam nas suas leituras a Joaninha e o seu jardim; sei que não se vão arrepender.

Para já fico-me por aqui e agradeço desde já a sua disponibilidade e simpatia, foi um prazer.

Muito obrigada Cristina desejo-lhe os maiores sucessos!


Encomendas em: geral@capitalbooks.net



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