sábado, 25 de abril de 2015

Revolução de 25 de Abril de 1974

Revolução de 25 de Abril de 1974



Andava eu na 4ª classe quando se dá o 25 de Abril de 1974. Estávamos na escola e a professora disse às meninas que podiam ir para casa que não haveria mais aulas porque estava a acontecer uma revolução.
Revolução que se veio a intitular “revolução dos cravos”, comandada por Oficiais das Forças Armadas (MFA – Movimento das Forças Armadas), na sua maioria capitães que tinham participado na guerra colonial, os quais se ficaram a chamar “Capitães de Abril”.
Antes do 25 de Abril, o nosso país vivia mergulhado na tristeza e no medo, era uma ditadura comandada por um único partido que se chamava União Nacional, chefiado por Oliveira Salazar até 1968, ano em que sofreu um acidente, e foi substituído por Marcelo Caetano, até ao 25 de Abril de 1974.
Neste dia foi derrubado o regime fascista e a ditadura e implementada a democracia, pois o povo não tinha liberdade de expressão, vivíamos numa opressão, por isso a frase que mais se ouvia “O Povo, Unido, Jamais será Vencido”. Passámos a ser um país livre e democrático.
Todo o país saiu à rua para comemorar juntamente com os soldados que nos livraram das garras do Estado Novo. Foram colocados cravos vermelhos nos canos das espingardas, simbolizando assim a mudança do regime.
Este dia foi um marco na nossa história, início de uma nova era na sociedade portuguesa. Esta revolução trouxe Liberdade ao povo português. Pôs fim à censura, à PIDE (polícia política) e à guerra colonial. A nossa sociedade começou a ter contacto e a ser influenciada por novas realidades culturais, económicas e políticas. Por este motivo, o dia 25 de Abril passou a ser em Portugal, feriado nacional para comemorar o “Dia da Liberdade”. O povo português passou então a ter liberdade de voto e por isso poder recensear-se. 



A rádio teve um desempenho e um papel muito importante neste dia histórico, sem a colaboração da rádio portuguesa, era possível que o regime ainda durasse mais algum tempo, e o país continuasse submerso na ditadura.
Muito antes do 25 de Abril de 1974, já existia uma grande cumplicidade entre revoltosos, militares e jornalistas de várias emissoras que existiam na altura. Estavam a preparar tudo para que a revolução resultasse. Em alguns postos de rádio foi colocada a música “E Depois do Adeus” de Paulo de Carvalho, faltava pouco para as 23 horas, do dia 24 de Abril, isto era o sinal para que as tropas pudessem avançar rumo ao quartel do Carmo em Lisboa.
A Rádio Renascença, era a rádio que tinha as gravações de alinhamento, que era o sinal para o desencadear as operaçõesnuma dessas gravações era a música “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso que foi passada passavam 20 minutos da meia-noite.
A partir daqui todo o movimento era irreversível.
Na Rádio Clube Português, foi instalado o posto de comando do “Movimento das Forças Armadas”, por este motivo ficou conhecida como a “Emissora da Liberdade”.
Através da rádio as Forças armadas comunicam ao país mais concretamente à população de Lisboa, o favor de recolherem a suas casas ou aqueles que lá estejam para não saírem, mas que devem manter a calma, à classe médica pediram para se manterem de prevenção nos hospitais, mas o desejo destes Homens era que não houvesse derramamento de sangue, tal como aconteceu.



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