quarta-feira, 13 de maio de 2015

Entrevista a Joel Neto, autor do "Arquipélago" e de uma vasta colectânea de êxitos literários

Joel Neto

Autor de ArquipélagoOs Sítios Sem Resposta e O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas, entre outros, Joel Neto publica diariamente no jornal Diário de Notícias a coluna A Vida No Campo, série de relatos sobre o seu próprio regresso à Terra Chã, freguesia rural da ilha Terceira (Açores).
O seu primeiro romance, O Terceiro Servo, integra o Plano Regional de Leitura dos Açores e fez parte da área de Estudos Açorianos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, no Brasil. O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas, que publicou a seguir, foi adoptado como leitura obrigatória pela Universidade dos AçoresJosé Mourinho, o Vencedor, biografia do treinador de futebol homónimo, foi traduzido em Inglaterra e na Polónia.
Para além dos livros e dos contos dispersos, que o representam em antologias em Portugal, Espanha, Itália ou Brasil, mantém, enquanto cronista, colaboração activa com diferentes jornais portugueses, açorianos e da diáspora portuguesa nos Estados Unidos e no Canadá.
Estudou Relações Internacionais e, como jornalista, trabalhou na imprensa, na televisão e na rádio, nas qualidades de repórter, editor, chefe de redacção, comentador, autor de conteúdos e apresentador. Grande ReportagemVolta ao MundoNS' , FocusJornal de Notícias e O Jogo são apenas algumas das publicações a que ligou o seu nome.
Na estação pública açoriana de televisão, RTP/Açores, os seus programas Choque de Gerações (2004-2005) e História da Minha Vida (2005-2007) atingiram alguma notoriedade. Foi colaborador da TSF-Rádio Jornal, integrou o painel de comentadores de golfe da estação SportTV e ganhou os prémios Gazeta de Reportagem, José Roquette e Jornal da Praia.
Vive entre a Terra Chã, onde cresceu, e a cidade de Lisboa.

Estivemos à conversa com Joel Neto de uma simpatia extrema. 
Obrigada Joel foi um prazer J


1) Fale-nos um pouco sobre si?

Sou açoriano. E escritor, e jornalista, e uma série de outras coisas, mas sobretudo açoriano. "Arquipélago" é a minha declaração de amor aos Açores.

2) Quando começou sua paixão pelos livros e o gosto pela escrita?

Em criança. Não nasci numa casa de livros, mas creio que sempre quis escrevê-los. E lê-los.

3) Neste momento faz da escrita profissão?

Sim. São as colaborações com os jornais que pagam as despesas cá em casa, mas hoje em dia quase tudo se resume a crónicas e artigos de opinião. São extensões do trabalho de escritor.

4) Os seus géneros literários de escrita são diversificados, qual o que lhe dá mais prazer escrever?

Prazer em escrever, nunca tenho. Escrever é uma dor. Aquilo de que nós gostamos, como dizia Saramago, é de ter escrito. Gosto sobretudo do romance e da crónica.

5) Arquipélago é o seu primeiro romance editado pela Marcador, como se sentiu ao ser agenciado por esta Editora?

Na verdade, eu sou agenciado pela Booktailors. A Marcador é a editora. Sinto-me de modo estupendo. É como se os planetas se tivessem alinhado. É a editora certa, a agência certa, o livro certo, a idade certa, a geografia certa.

6) Qual o sentimento ao editar um livro pela Coleção livros RTP?

De honra e de esperança. Trata-se de uma marca que faz parte da nossa história. E que levará o livro a mais leitores.

7) Qual o seu personagem favorito e de onde surgem, imaginação ou realidade?

Tento fundi-las sempre. Há sempre realidade e imaginação nos meus livros. Neste livro, a minha personagem favorita talvez seja Maria Rosa, uma menina de oito anos, loirinha e maria-rapaz, que sabe tudo sobre raças de vaca e natureza humana.

8) Já alguma vez se deparou com pessoas a ler os seus livros? Se sim, qual a sensação?

 Algumas vezes. Foi um susto e zarpei dali para fora.

9) Qual o sentimento, ao deslocar-se a uma superfície comercial, e ver os seus livros à venda?

Até hoje, que era pena eles não estarem expostos no lugar que eu tinha esperança que merecessem. Talvez isso mude agora, com este livro e esta editora.

10) Qual o seu autor e livro favorito, segue o seu género literário?

É muito difícil dizer. Hoje em dia, encanta-me o Jonathan Franzen. O "Correcções" é um livro maior do que a vida. Mas creio que tenho o meu próprio género.

11) Quando termina de escrever um livro, qual o sensação?

Alívio. Cansaço. Medo.

12) Como vê o momento actual da Literatura em Portugal?

Vivemos um tempo de bastante criatividade. A indústria vive momentos difíceis. No cômputo geral, acho que já estivemos pior.

13) Como vê a divulgação dos bloggers literários?

É muito importante e tanto os leitores como os autores devem dar-lhes a devida atenção.

14) Quer deixar alguma mensagem especial aos seguidores do blog Marcas de Leitura?


Sigam o Marcas de Leitura. Esta paixão, tão graciosa como generosa, é a razão primeira por que escrevemos livros.

Obrigada Joel pelas simpáticas e gentis palavras com que nos brindou e pelo tempo que nos dispensou.
Desejo-lhe os maiores sucessos para o "Arquipélago" e outros que virão. 
Mais um livro que vou querer ler e um autor que vou seguir.






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