quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Contagem Decrescente de Bruno Franco (opinião)

Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 532
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895121090

Dimensões: 140 x 220 x 50 mm

Encadernação: Capa mole


Tipo de Produto: Livro

Classificação Temática:
Livros em Português
Literatura > Policial e Espionagem



Sinopse


31 de Dezembro. Passagem de ano.

Rodrigo Tavares, um proeminente detective da Polícia Judiciária, encontra-se em Almada para assistir ao espectáculo pirotécnico quando recebe um telefonema que muda a sua vida por completo, levando-o a perceber que tinha chegado o momento que tanto temera: a concretização de uma ameaça homicida proferida pelo assassino que mais lhe custara capturar no passado.
Rodrigo tem até dia 15 de Janeiro para deter o assassino, ou as consequências serão devastadoras. E não apenas para si.
Quando o detective observa a forma excruciante e desumana como a primeira vítima fora assassinada, percebe a importância e a seriedade do que está a acontecer, e é então que começa a corrida contra o tempo.
O que começa por ser uma caça ao homem transforma-se rapidamente em algo muito maior e aterrorizador. Ao mergulhar num mundo de trevas e muitas dúvidas, medo e desespero, Rodrigo receia o futuro como nunca antes o fizera.

A minha opinião

Fui contactada pelo autor para fazer um pequeno passatempo e ler o seu livro “Contagem Decrescente”. Não conhecia o autor Bruno Franco, nem nunca tinha lido nada do mesmo. Parti para a leitura do livro sem conhecer o seu estilo de escrita.

Logo no decorrer das primeiras páginas, fiquei rendida e conquistada pela forma como o autor escrevia. A sua escrita é dinâmica, segura, pontuada e firme. Escreve com alento e coragem, transmite na íntegra o que lhe vai na mente. Uma narrativa muito bem elaborada.

Uma história com um enredo bem estruturado que não dá sossego, arrebatadora, plena de acção, suspense, emoção, mistério e maquinação.

Uma leitura rápida, acessível, fluida, electrizante e compulsiva. Excelente a forma como descreve os espaços, as situações e os detalhes onde se passam os acontecimentos, faz com que nos sintamos no terreno. Como moradora na margem sul, revi ao milímetro todas as zonas que descreveu e muito bem.

A acção também se passa em Lisboa em locais tão conhecidos de todos nós. A investigação que o autor fez desses lugares está muito bem preparada, percebe-se que fez muitas pesquisas para escrever este livro (como eu costumo dizer, “fez o trabalho de casa”).

Ana Esteves estava no lugar errado, na hora errada, “Ano novo morte nova”. Ao que levaria esta morte? O jogo começava e a “Contagem era Decresceste” 3,2,1, a partir de agora era a valer, o tempo não parava.....

Rodrigo Tavares encontrava-se numa corrida contra o tempo quem sairia vencedor? Conseguiria ele capturar o “Flecha” e o “Valter” até às 24h do dia 15 de Janeiro?

O enredo conta com um criminoso moral e um físico. Um criminoso maléfico e um assassino. Dois seres implacáveis, loucos, violentos, imaginativos e frios e não se sabia quem eram. Visões assustadoras e macabras, uma história viciante que se lê num ápice.

A história alterna entre épocas e personagens. Quem seria Bernardo e Afonso no enredo? O autor mexe psicologicamente com a nossa mente.

A trama centra-se fundamentalmente na História, na ciência e na simbologia. Fernando Pessoa e o Olho de Hórus que teriam a ver com os crimes? O que teriam em comum estas mortes todas, qual era o elo de ligação?

Rodrigo Tavares era um dos melhores detectives da polícia judiciária, todos os casos mais complicados eram resolvidos por este homem. Levava o seu trabalho para além dos limites, cumpridor, inteligente e perspicaz. Mas, também era um homem sofrido pelo passado.

Gostei especialmente a maneira que o autor arquitectou, onde e como os crimes ocorreram. A cumplicidade e a amizade entre o colega Fábio, o amigo Óscar e ainda os colegas da PSP Horta e Fonseca. 
As cenas e as piadas do Fábio por vezes fizeram-me rir a bom rir.

De repente dei por mim a fazer pesquisas na internet acerca de certas figuras históricas.

Um bom livro que recomendo a apreciadores de romances policiais e históricos. Fico a aguardar o seguinte livro do autor e mais uma aventura do Rodrigo Tavares e companheiros de luta. Porque o desfecho a isso obriga!

Para já vou tentar adquir o primeiro livro “O Novo Membro” passado com estes detectives da policia judiciária e "saber" quem era o “Queimador”.

Recomendo o autor pela positiva, criatividade, escrita e pela maneira como as pesquisa foram feitas. Os meus Parabéns ao Bruno Franco e à Chiado Editora por apostar em autores portugueses auspiciosos.

Sobre o autor


Bruno Franco é um escritor português de ficção policial, nascido em Setembro de 1990.
Licenciado em Radioterapia, trabalha atualmente no serviço de Radioterapia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa. Pertence, desde 2002, a uma equipa de natação de competição, 
que faz parte do Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro.

O Novo Membro o primeiro livro do autor 



2 comentários:

  1. É por opiniões como esta que vale a pena todo o esforço e dedicação. Adorei ler esta opinião sobre o "Contagem Decrescente" e fiquei quase sem palavras, restando apenas sentimentos de felicidade e orgulho. Gostaria de realçar o entusiasmo e alegria com que a Manuela Santos falou do livro. É extraordinário e só me resta agradecer pelo apoio na divulgação do "Contagem Decrescente", que espero que possa chegar a cada vez mais leitores.
    Muito obrigado!
    Bruno Franco

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  2. Obrigada eu Bruno, pela leitura compulsiva e viciante que o seu livro me proporcionou. Aguardo com expectativa a continuação :)
    Manuela Santos

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